O volume de vendas do comércio varejista subiu 3,8% em janeiro de 2023 na comparação com dezembro de 2022. De acordo com dados do IBGE, essa foi a maior variação para o mês desde o início da série histórica, em 2000.
Com esse resultado, a média móvel trimestral para o varejo foi de 0,1% no trimestre encerrado em janeiro. Frente a janeiro de 2022, as vendas do comércio varejista cresceram 2,6%, sua sexta alta consecutiva. O acumulado nos últimos 12 meses (1,3%) superou o de dezembro (1,0%).
O economista e educador financeiro Alexandre Arci explica que o ano de 2023 traz um cenário positivo para o comércio, em especial, o varejista.
“O ano de 2023 traz um cenário mais positivo para todo comércio varejista. Dentre os fatores que contribuem para uma boa perspectiva do setor está uma inflação mais controlada, e principalmente uma percepção de que nos próximos encontros do Copom existe uma boa tendência para a paxa selic ser reduzida”, analisou Arci
Para o professor de Economia do Instituto Federal de São Paulo (IFSP) Newton Ferreira, contudo, os impactos na economia dependerão das mudanças na política. “Se por acaso, essa mudança da política econômica acontecer conforme o novo governo tem apontado, isso pode ter um impacto positivo sobre a economia, aumentando emprego e renda. mas depende ainda de dois fatores que são fundamentais, que é a redução da taxa básica de juros e também o aumento da massa salarial com a retomada do nível de emprego”, destacou.
“Os impactos são muito bons, porque todas as vezes que o setor terciário, que é o setor de comércio, apresenta um crescimento, ele puxa os setores primário e secundário. Então em geral, a primeira cadeira produtiva que recebe o impacto, é o comércio”, completou Ferreira
Os estados que mais registraram alta foram Espírito Santo 8,8%, Tocantins 8,7%, Roraima 7,4%, Distrito Federal 7,1%, Piauí 7,1% e Maranhão 7,0%. Já as maiores baixas ficaram com Mato Grosso com -1,7%, Amapá -1,6%, Paraíba -1,1% e Mato Grosso do Sul -0,8%.
Além disso, os setores que mais contribuíram para essa alta foram os de tecidos, vestuários e calçados. E o que menos contribuiu foi o setor farmacêutico.
Fonte: Brasil 61
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