quinta-feira, 9 de novembro de 2023

Enem: estudantes faltosos têm de 13 a 17 de novembro para pedir reaplicação da prova


 

Quase 4 milhões de pessoas se inscreveram para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023. Dados preliminares do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) apontam para 71,9% de participação no último domingo (5). Mas alguns estudantes não conseguiram comparecer no dia do exame. Os prazos de reaplicação da prova foram marcados para os dia 12 e 13 de dezembro. O advogado especialista em direito educacional, Henrique de Mello Franco, diz que os alunos precisam ficar atentos ao edital para saber quem pode fazer a segunda chamada.

“As pessoas afetadas por problemas logísticos ou doenças têm o direito, sim, em determinados casos a requerer uma segunda chamada, realizar a prova num outro dia. No entanto, isso é muito detalhado no edital. O edital é a lei do certame, do concurso, no caso do exame. Também tem que olhar o formato de apresentação do requerimento do candidato com todos os comprovantes”, alerta.

No total, foram 9.396 locais de prova e 10.086 coordenações, nas 132.466 salas de aplicação, em 1.750 municípios, distribuídos pelas 27 unidades da Federação. No primeiro dia do Enem, os participantes fizeram provas de linguagens e ciências humanas, além da redação. O avanço no número de inscrições foi de 13,1% em relação a 2022, quando foram 3.476.226; e de 14,2% em relação a 2021, que teve 3.444.171 inscritos.

Um levantamento do Inep revela que 4.293 participantes foram eliminados por portar equipamento eletrônico; ausentar-se antes do horário permitido; ou não atender orientações dos fiscais. Outras 905 pessoas foram afetadas por problemas como emergências médicas, interrupções temporárias de energia elétrica ou abastecimento de água.

O primeiro dia de aplicação das provas registrou ausência média nacional de 28,1%. Os dados são premilinares com base em 98% dos locais em que o exame foi realizado.

Critérios para reaplicação da prova

De acordo com o Inep, nem todos os estudantes que perderam a primeira prova poderão fazer a segunda chamada. Se o participante foi afetado por problemas logísticos, como comprometimento da infraestrutura, falta de energia elétrica no local de prova ou erro de aplicação, ele pode solicitar a reaplicação. As pessoas que faltaram por motivos de saúde — sintomas de alguma das doenças infectocontagiosas listadas no edital — também pode fazer o Enem em dezembro. 

Segundo o advogado Henrique de Mello Franco, para ter uma nova oportunidade as pessoas precisam ficar atentas às condições impostas pelo edital.

“O estudante que vá requerer para o seu caso concreto a realização da segunda chamada precisa fazer a comprovação dos imprevistos que levaram a esse pedido, que são basicamente de dois tipos, logísticos e de saúde. E a forma disto é na página do participante pela internet, mediante o upload, a apresentação da documentação pertinente, que vai variar de caso para caso”, explica.

Conforme o especialista, na situação de doença, por exemplo, é obrigatório que seja feita uma avaliação médica clara sobre aquela situação, um diagnóstico do paciente e o período correspondente. Nos casos de problemas logísticos, o especialista informa que é importante buscar informações em sites jornalísticos, sites governamentais que reconhecessem a calamidade pública e, nos casos de problemas na localidade onde a prova estava sendo realizada, é feita uma declaração sobre aquela situação e precisa ser utilizada pelo candidato para comprovar uma falta de luz de maneira a inviabilizar as coisas corretamente ou uma luz natural que não atendia, por exemplo.

Local de prova

O advogado especialista em direito educacional Henrique de Mello Franco conta que o principal critério para definir a localidade de aplicação da prova é o de 30 km de distância em relação ao domicílio do candidato. 

“Na realização desse grande exame nacional, pensa-se da melhor maneira para atender todos os candidatos, tanto que deve-se observar não apenas a questão da distância, ainda que isso seja o principal, mas também que sejam em locais mais centrais acessíveis ao transporte público, por exemplo”, ressalta.

O especialista lembra que as pessoas que foram registradas em localidades superior a 30 quilômetros da residência indicada na inscrição têm direito à reaplicação da prova.

Segunda etapa

No próximo domingo (12) acontece o segundo dia de prova. Nesta etapa, os estudantes vão responder questões de ciências da natureza e de matemática. Na opinião do advogado Henrique de Mello Franco, a segunda chamada, em princípio, não é uma coisa agradável. 

“Aqueles que puderem, devem correr atrás. Não se deve desistir do Enem só por conta que não conseguiu na primeira chamada e existiam justificativas para isso. Para evitar que isso ocorra em outras situações ou numa primeira situação, é levar uma vida com cautela, com prudência, buscando zelar pela saúde, e saber que na vida eventualidades podem acontecer”, observa.

Para o dia da prova, o Ministério da Educação esclarece que, para fazer o exame, é obrigatório levar documento de identificação original, com foto. Entre as identificações aceitas estão a Carteira de Identidade, a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), o passaporte e a Carteira de Trabalho emitida após 27 de janeiro de 1997. 

Além dessas solicitações, documentos digitais com foto do e-Título, CNH digital e RG digital também serão aceitos e deverão ser apresentados nos respectivos aplicativos oficiais,. Fotos da tela do celular não serão aceitas . Segundo o MEC, outro item obrigatório de levar é caneta esferográfica de tinta preta, fabricada em material transparente. O Cartão de Confirmação de Inscrição não é obrigatório, mas é aconselhável.

No dia da prova, a abertura dos portões será às 12h e o fechamento, às 13h, pelo horário de Brasília. O início da prova está marcado para as 13h30  e encerramento será às 19h.

O estudante Caio Amorim (17), morador do Gama-DF, conta que está atento para a segunda etapa. Ele disse que se preparou bastante para o primeiro exame, mas confessa que no dia não foi fácil.

“Ela é muito cansativa, havia muitos textos, havia muita interpretação e ao decorrer da prova, quando você ia fazer, a cabeça ia cansando”, relata.

O MEC informa que as pessoas que faltaram a qualquer um dos domingos por motivos que não se enquadram no edital não tem direito à reaplicação. O participante será considerado ausente e as notas das provas realizadas servirão apenas para autoavaliação de conhecimento. 



Fonte: Brasil 61

Reforma Tributária é aprovada no Senado


 

O plenário do Senado aprovou com 53 votos a favor e 24 contra o texto da PEC 45/2019, da reforma tributária. Como se trata de um Projeto de Emenda à Constituição, era preciso que três quintos dos senadores — 49 parlamentares — aprovassem o texto em dois turnos, o que aconteceu com pequena vantagem, de apenas quatro votos.

Da tarde de terça-feira (7) até o início da sessão desta quarta-feira (8) foram protocoladas mais 30 emendas —- a maioria rejeitada pelo relator, o senador Eduardo Braga (MBD-AM), em plenário antes da votação. Foram apresentados quatro destaques ao texto aprovado, três deles foram vetados. 

Uma conquista histórica, como explica o relator da proposta, senador Eduardo Braga. 

"No regime democrático é a primeira vez que o Senado da república aprova em primeiro turno uma reforma tributária pela representação direta do voto popular pelos representantes do povo e para o povo brasileiro  — e de forma da maioria absoluta de seus membros."

Reforma tributária: entenda a proposta em 10 pontos

O que acontece agora 

O texto agora segue para votação no plenário da Câmara, onde precisa ser aprovado por 308 deputados — e não tem limite máximo de tempo para ser votado. 

Como parte do texto que veio da Câmara não foi alterado no Senado, a PEC pode ser votada de forma desmembrada, como explica o assessor de orçamento, Dalmo Palmeira. 

“Como tem partes que são coincidentes do texto que veio da Câmara com o texto aqui no Senado, essa parte pode ir direto para a promulgação ser incorporada à constituição. Na parte que teve alteração aqui no Senado, essa parte precisa ser votada novamente na Câmara."

Imposto único

A reforma tem como objetivo simplificar o sistema tributário e transformar cinco tributos em dois IVAs - Imposto sobre o Valor Agregado.

  • PIS, Cofins e IPI - Tributos federais que darão origem à Contribuição sobre Bens e Serviços - CBS; 
  • ICMS (estadual) e o ISS (municipal) serão unificados no formato do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), com gestão compartilhada entre estados e municípios.

Fase de transição

Segundo a proposta, o período de transição para unificação dos tributos vai durar sete anos — de 2026 e 2032. E só a partir de 2033 os impostos atuais serão extintos. A transição foi prevista para não haver prejuízo de arrecadação para nenhum estado ou município.

Segundo o texto, a CBS entra em vigor em 2026, com uma alíquota inicial de 0,9%. No ano seguinte, ela substitui o PIS e Cofins —  que deixam de existir, assim como o IPI. Os três tributos são substituídos pelo Imposto Seletivo (IS). 

O novo tributo de estados e municípios, IBS, começa a valer em 2026, com alíquota de teste de 0,1% —  mantém esse índice em 2027 e 2028. 

Entre 2029 e 2032, as alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) — estadual — e do Imposto Sobre Serviços (ISS) — municipal — caem de forma gradual. No mesmo período, a alíquota do IBS cresce de forma gradual.



Fonte: Brasil 61

FPM: União repassa mais de R$ 7 bilhões às prefeituras na sexta-feira (10)


 

Cerca de 5.500 prefeituras recebem, na sexta-feira (10), mais de R$ 7.2 bilhões referentes ao primeiro decêndio de novembro do Fundo de Participação dos Municípios, o FPM. O dinheiro é repassado a cada dez dias, a todos os municípios brasileiros e serve para custear despesas primárias — como folha de pessoal e pagamentos a fornecedores. 

A União Federal deposita o dinheiro nas contas das prefeituras através do Banco do Brasil. Apenas 39 cidades ficarão de fora e não terão acesso aos recursos, por estarem incluídas na lista do SIAFI do Tesouro Nacional (entenda o porquê, ao longo desta reportagem). 

Conforme estudo divulgado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), o FPM é a principal fonte de recursos das cidades de pequeno porte, principalmente as que têm menos de 50 mil habitantes. 

Clique no mapa para saber os valores repassados ao seu município:

Importância para os municípios

O prefeito de Promissão, no interior paulista, Artur Manoel Nogueira Franco (PSDB), destaca a importância do Fundo para a sua cidade. "Com certeza, o repasse do FPM é a maior fonte de arrecadação de Promissão e ajuda a pagar os gastos obrigatórios com saúde e educação, despesas com folha de pagamento de pessoal e, também, com os outros investimentos de nosso município", informou Artur Franco.

De acordo com o prefeito de Lagoa Nova (RN), Luciano Santos (MDB), que preside a Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (FEMURN), 85% das prefeituras do daquele estado dependem do FPM para honrar seus compromissos financeiros.

“Cerca de 85% dos municípios do Rio Grande do Norte dependem exclusivamente do Fundo de Participação dos Municípios para sobreviver e conviver com suas despesas de pessoal e despesas de investimentos”, revelou o presidente da FEMURN.

Municípios bloqueados

Ao todo, 39 prefeituras estão impedidas de receber — entre outros repasses da União — o dinheiro do FPM. Nesta quarta-feira (8), as cidades abaixo constavam na lista do SIAFI (Sistema Integrado de Administração Financeira do governo federal). 

Os valores só serão liberados quando as dívidas, inadimplências ou pendências burocráticas que essas cidades têm com o governo federal forem resolvidas. Para resolver a situação ou obter maiores esclarecimentos, seus representantes devem encaminhar-se ao órgão responsável de sua região, para regularização e desbloqueio. 

Veja se sua cidade está na lista:

  1. ADELÂNDIA (GO)
  2. ÁGUA LIMPA (GO)
  3. ALTO BOA VISTA (MT)
  4. ARAGUAPAZ (GO)
  5. AREAL (RJ)
  6. AXIXA DE TOCANTINS (TO)
  7. BANDEIRANTES (MS)
  8. BELFORD ROXO (RJ)
  9. BERTÓPOLIS (MG)
  10. BOA VISTA DO RAMOS (AM)
  11. CABO FRIO (RJ)
  12. CANDIOTA (RS)
  13. CARAPEBUS (RJ)
  14. CARIRA (SE)
  15. CARMO (RJ)
  16. COMENDADOR LEVY GASPARIAN (RJ)
  17. CORDEIRO (RJ)
  18. DAVINÓPOLIS (MA)
  19. DOVERLÂNDIA (GO)
  20. DUAS BARRAS (RJ)
  21. ESPERANTINA (TO)
  22. FORMOSO DO ARAGUAIA (TO)
  23. GUIA LOPES DA LAGUNA (MS)
  24. IBIAPINA (CE)
  25. ITABI (SE)
  26. LEOPOLDO DE BULHÕES (GO)
  27. LUZIÂNIA (GO)
  28. MUCURI (BA)
  29. NOVA GUARITA (MT)
  30. PARACATU (MG)
  31. POCONÉ (MT)
  32. ROSARIO DO CATETE (SE)
  33. SANTA TEREZINHA (MT)
  34. SANTO ANTONIO DO LEVERGER (MT)
  35. SELVÍRIA (MS)
  36. SIMOLÂNDIA (GO)
  37. UBIRETAMA (RS)
  38. VILA BOA (GO)
  39. VITÓRIA DAS MISSÕES (RS)


Fonte: Brasil 61

terça-feira, 7 de novembro de 2023

Aprenda a melhorar seu estado mental para ter uma boa comunicação

 Hoje vamos falar de um tema muito poderoso para a comunicação: seu estado mental. Já pensou que se seu estado mental não está legal sua comunicação será a primeira a refletir isso? 

Cuidar do seu estado mental é o primeiro passo para você ter uma comunicação positiva. Se você tem dor, cansaço, tristeza, sua comunicação será um espelho desses estados. 



Quer saber mais? Aperte o play! 



Fonte: Brasil 61


Ero Brasil vai dobrar de tamanho e se tornar o segundo produtor de cobre no País

 Francisco Alves/Mara Fornari



Dobrar de tamanho dentro de dois anos, tornando-se o segundo maior produtor de cobre no País. Este é o plano da Ero Brasil, controlada pela Ero Copper, que está investindo aproximadamente R$ 3,1 bilhões em três projetos de cobre (um no Pará e dois na Bahia), além de um investimento menor numa mina de ouro em Mato Grosso. Este foco em crescimento fez com que a Ero Brasil fosse novamente eleita como Empresa do Ano do Setor Mineral, desta vez na categoria Crescimento.

De acordo com o CEO da Ero Brasil, Eduardo De Come, essa motivação pelo crescimento começa em 2016, quando a Ero Copper adquiriu a Mineração Caraíba, que então se encontrava paralisada. “Desde aquela época a Ero Copper já tinha a visão de que o cobre é um metal que tem uma expectativa de consumo crescente ao longo do tempo, com perspectivas de melhoria de preço e de retorno dos investimentos feitos. Este, inclusive, foi um dos motivos que levaram a Ero Copper a investir naquela época na Caraíba”.

No início da gestão da Ero Copper na Caraíba, o foco principal foi garantir uma vida útil dos ativos, a fim de que a empresa tivesse um pouco mais de tranquilidade para planejar investimentos mais robustos. “E isso envolveu, num primeiro momento, um investimento bastante significativo em geologia ao longo dos anos. A Ero Copper investiu de 30 a 40 milhões de dólares por ano em geologia, o que hoje permite que se tenha uma visualização de vida útil, na mina Caraíba, até 2040. Esse aumento das reservas certificadas deu um pouco mais de tranquilidade para planejar investimentos de maturação um pouco mais longa. Nesse contexto, a empresa ficou mais à vontade para planejar investimentos de longo prazo”, diz o executivo.

Em paralelo a isso, ganhou fôlego no mercado o movimento chamado de Transição Energética, composto por um tripé que inclui o carro elétrico, a energia eólica e a energia solar, segmentos que têm consumo de cobre bastante significativo. “A energia eólica e solar por conta da transmissão (o cobre é o melhor metal para transmissão de energia) e no carro elétrico, a condução da energia aumenta em quase três vezes o consumo de cobre por cada veículo produzido. Então quando se soma, do nosso lado, uma situação de produção mais estável e do outro um claro indicador de que o consumo de cobre deve ser maior ao longo do tempo, a empresa se sentiu mais à vontade para fazer investimentos mais robustos e valiosos que estavam sendo estudados há algum tempo”, detalha De Come.

Na Mineração Caraíba há dois investimentos principais, que são a expansão da capacidade da planta de processamento de minério de cobre e a construção de um shaft, que vai permitir explorar o metal que está em áreas mais profundas da mina. E no Pará tem o projeto Tucumã (antes denominado Boa Esperança), que era um direito minerário que a Caraíba havia adquirido da Codelco em 2007.

O mercado favorável para o cobre, em médio e longo prazo, mais uma visão de que precisava ter uma operação estável pelos próximos 20 anos, levaram a empresa a tirar esses projetos do papel. No caso do projeto Tucumã, De Come afirma que a empresa apostou em tecnologias já consagradas no setor de mineração, embora mais atuais. “É o caso do moinho de bolas, do moinho vertical, e das células de flotação. Buscamos fornecedores bastante conhecidos no mercado, por seu compromisso com prazo e qualidade, tanto no mercado interno quanto internacional (para os casos em que não há fabricação nacional), e isso permitiu que pudéssemos ter um prazo de construção relativamente curto. Temos um time de projeto bastante competente, nos cercamos de algumas empresas de consultoria nacionais que têm apoiado nos serviços de engenharia e isso tudo permitiu, usando o que há de mais novo no mercado, uma tecnologia já consagrada, bons fornecedores de serviços e equipamentos, conseguir fazer, num prazo relativamente curto, uma obra grande, com um investimento de mais de US$ 300 milhões”.

De Come explica que o minério de Tucumã é muito parecido, do ponto de vista físico, com o minério que a empresa já conhece na Caraíba, portanto dá para replicar o processo de beneficiamento. No caso da lavra, como o depósito está um pouco mais próximo da superfície, a empresa decidiu iniciar com uma mina a céu aberto, o que de certa forma se assemelha ao início da Caraíba, na década de 1970, que também começou com lavra a céu aberto. O pit desenhado para Tucumã permite que a mina seja lavrada a céu aberto pelos próximos doze anos. “E temos a expectativa que, à medida que tivermos condições de fazer sondagem mais profunda, possa ter também continuidade para uma mina subterrânea, como aconteceu com a Caraíba. Mas ainda é muito cedo para falar disso. A geometria do corpo permitiu que se começasse com a lavra a céu aberto e também isso facilita o acesso ao corpo. A mina a céu aberto tem um custo de extração significativamente menor, porque não se precisa fazer desenvolvimento de galerias, contenções nas galerias e o acesso ao minério é muito mais simples. Por outro lado, existe um trade off, porque os teores que acessamos em Tucumã são de 0,8% a 0,9% de cobre, comparativamente aos 1,5 a 2,0% na Caraíba, que tem um teor maior do minério, mas um custo mais alto de extração. E Em Tucumã se tem um custo menor de extração, mas também um teor menor. Porém, mesmo com um teor menor, a operação tem condições de ser bastante lucrativa”, pondera o dirigente.

No primeiro ano pleno de operação, de junho de 2024 a julho de 2025, a empresa pretende produzir em Tucumã 55 mil toneladas de concentrado de cobre, portanto acima da média de produção da Caraíba, que é de 45 mil toneladas. Com isso, a Ero Brasil deve chegar a uma produção anual da ordem de 100 mil toneladas, o que a coloca em segundo lugar entre os produtores de cobre no Brasil. Depois, devido à característica do corpo mineral, a produção em Tucumã estabiliza em cerca de 35 a 40 mil toneladas. “A nossa expectativa, a depender do preço do cobre, é dobrar o nosso Ebitda em 2025, chegando a US$ 400 milhões, já que estamos planejando fechar 2023 com um Ebitda, nas operações, da ordem de US$ 200 milhões. Ou seja, com as condições de hoje, pretendemos dobrar a geração de caixa da companhia em 2025”, diz ele.

Além dos projetos Tucumã, Honeypot e Deepening, a Ero Brasil tem outras iniciativas. Uma é o projeto níquel, do qual a empresa identificou alguns alvos no Vale do Curaçá, na Bahia. Atualmente a companhia continua investindo significativamente em geologia para verificar qual é, de fato, a dimensão desse depósito, e como seria sua exploração econômica.

Outro projeto é avaliar parcerias estratégicas. “O Brasil tem vários depósitos potenciais na Bahia, no Pará, no Mato Grosso, e temos avaliado oportunidades de comprar ativos ou montar parcerias com alguma empresa para desenvolver ativos. Estamos bastante focados em avaliar essas oportunidades”, afirma De Come, acrescentando que o foco da empresa é investir no Brasil. “No passado, chegamos a receber algumas ofertas em outros países da América do Sul e até da Europa, mas entendemos que quando se avalia o potencial do Brasil e mesmo sabendo o quanto as coisas são complicadas por aqui, se compararmos com outros países em termos de estabilidade e regras, o Brasil não está fazendo tão feio. Sabemos que há um caminho grande até chegarmos ao que chamamos estabilidade jurídica, para ter mais segurança nos investimentos e que, quando comparamos com países europeus e com Austrália ou Canadá, vemos que há um caminho grande pela frente. Mas quando comparamos com países tradicionalmente produtores de cobre (Chile, Peru, República do Congo, Cazaquistão), vemos que são países que hoje representam uma insegurança até maior do que o Brasil. Então temos hoje claro que o nosso foco de investimentos é concentrado no Brasil. Nosso Interesse é focar no cobre e agora no níquel, uma oportunidade que apareceu. Mas o foco principal é procurar parcerias vinculadas ao cobre. Temos também uma produção de ouro no Mato Grosso, uma operação muito estável, o que nos dá oportunidade de olhar algumas outras oportunidades que aparecerem, mas o foco da Ero Brasil é continuar procurando oportunidades vinculadas ao cobre. As possibilidades são muito ligadas às regiões onde já temos atividade. Falamos do Pará, que é uma região potencialmente muito rica em minério, Norte da Bahia, onde estamos localizados e eventualmente algumas áreas mais centrais. O Norte do Mato Grosso tem um potencial grande”, opina De Come.

Veja a matéria completa na edição 434 de Brasil Mineral.



Fonte: Brasil 61

quarta-feira, 1 de novembro de 2023

Decisão que torna imprescritível o crime de mineração irregular favorece empresas sérias




 A recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de tornar imprescritíveis os crimes de mineração irregular, é uma boa notícia para as empresas que operam na legalidade. A opinião é do advogado Valmor Bremm, da Advocacia Bremm, especializada em Direito Minerário. Ele disse que, para quem "anda na linha", o novo entendimento da Corte é até melhor, porque vai coibir os mineradores ilegais.

O Supremo tomou a decisão no último dia 26 de setembro, ao incluir a mineração irregular entre os crimes que não prescrevem. Antes da definição desse entendimento do STF, os crimes de mineração ilegal eram considerados prescritos depois de 5 anos. Agora, não há mais prazo para que o autor desse tipo de conduta seja julgado, independentemente de quando a irregularidade tenha acontecido.

Portanto, a resolução do Supremo dá direito ao governo de pedir indenização às empresas que fizerem extração irregular de minérios, não importa a data em que o crime tenha sido praticado. De acordo com Valmor Bremm, a decisão não deve alterar a maneira de trabalhar das empresas que atuam dentro da regularidade.

Extração ilegal de areia   Foto: Polícia Federal / Operação Peneira

Segundo o especialista, mesmo antes deste novo entendimento, os laudos e os documentos produzidos pelas empresas sérias que atuam no ramo da mineração já ficavam armazenados na Agência Nacional de Mineração (ANM) “ad eternum” – ou seja, sem prazo definido para serem descartados. “Para a mineradora, não haverá um custo maior porque além de ser um dado que ela tem cadastrado com ela já, a ANM tem esse dado registrado em seus sistemas, em seus arquivos”, esclareceu.

Dono da terra também responde

Na mesma sentença, o STF decidiu que os donos de propriedades rurais onde eventuais crimes ambientais sejam praticados também serão responsabilizados. A respeito disso, o especialista explica que o dono da terra muitas vezes não é a própria mineradora. 

“Esse sim é bom ter [guardados] esses registros do período de extração legal, para ele ter em seus arquivos. E se houver uma extração ilegal, ele tem que fazer um boletim de ocorrência, avisar a ANM, avisar a Polícia Federal, para não ser responsabilizado”, esclareceu Valmor Bremm. 

“Então, do ponto de vista financeiro, o impacto que essa nova decisão pode causar é mais para o proprietário da terra, que vai ter que ficar guardando esse documento, coisa que ele não fazia antes”, ressaltou.

STF teria se equivocado

Outro ponto que o especialista destacou é que, na visão dele, foi uma aberração jurídica a parte da sentença do STF relacionada a eventuais condenações —  por dano ambiental —  em todas as minerações irregulares. “Nem toda lavra clandestina causa dano ambiental”, diferenciou o advogado. 

“Na verdade, a certeza que se tem é que as lavras clandestinas geram dano patrimonial. Porque eventuais danos ambientais precisariam ser provados que aconteceram, mas não de forma genérica e subjetiva, mas sim de forma objetiva”, observou. “Você tem que analisar caso a caso”, ponderou.



Fonte: Brasil 61

Vacina contra Covid-19 será adicionada ao Calendário Nacional de Vacinação em 2024



 Em 2024, a vacinação contra a Covid-19 entrará no Calendário Nacional de Vacinação priorizando crianças de 6 meses a 5 anos e grupos de alto risco, como idosos, gestantes, puérperas e trabalhadores da saúde. A decisão foi avaliada pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 (CTAI).

Outros grupos prioritários

  • Imunocomprometidos;
  • Pessoas com comorbidades; 
  • Indígenas;
  • Ribeirinhos e quilombolas;
  • Pessoas vivendo em instituições de longa permanência e seus trabalhadores;
  • Pessoas com deficiência permanente;
  • Pessoas privadas de liberdade maiores de 18 anos; 
  • Adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas; 
  • Funcionários do sistema de privação de liberdade;
  • Pessoas em situação de rua.

O infectologista André Bon afirma que a Covid-19 se tornou endêmica globalmente, permanecendo na população provavelmente de forma contínua, como por exemplo, a influenza. Por isso, a vacinação é essencial para prevenir complicações e mortes decorrentes da doença.

“É uma atitude sensata e responsável que a vacina contra a Covid-19 seja colocada no calendário básico de vacinação de crianças, adultos e idosos e de pessoas de alto risco de evolução para formas graves”, explica.

Até o momento, foram aplicadas no Brasil 518.249.960 doses da vacina monovalente e 30.041.505 da bivalente contra Covid-19. De acordo com o Painel Coronavírus do Ministério da Saúde, até o dia 27 de outubro o país registrou 37.905.713 casos de infecção pelo vírus e confirmou 706.531 mortes.  

O empresário de 25 anos e morador de Catalão - GO Guilherme Alves destaca a importância da inclusão da vacina contra a Covid-19 no Calendário Nacional de Vacinação, salientando que já vivenciou o quão perigoso é o vírus e, simultaneamente, a eficácia da vacinação.

“Eu já tomei as minhas 3 doses da vacina e acho que todos nós temos que nos conscientizar não só pela vacina da covid conforme orientado, mas nos conscientizar em manter o nosso cartão de vacinação atualizado e tomar as vacinas regularmente”, avalia.

De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina contra o vírus é essencial para prevenir formas graves da doença e está acessível no SUS para todos acima de 6 meses. Adultos com mais de 18 anos, após duas doses, devem receber um reforço da vacina bivalente.

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São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul registram aumento de casos de Covid-19 na população adulta

Piso da enfermagem: impasse sobre pagamento dos salários ainda preocupa profissionais de saúde
 



Fonte: Brasil 61

ELEIÇÕES 2024: Direita prevalece entre eleitores que declaram posicionamento político Ainda de acordo com pesquisa, 40% dos eleitores do país afirmam que não se identificam com direita, esquerda e nem centro

 A preferência por um posicionamento político mais à direita prevalece entre os eleitores brasileiros que se identificam com alguma ala polí...

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