sexta-feira, 27 de setembro de 2024

ELEIÇÕES 2024: Direita prevalece entre eleitores que declaram posicionamento político Ainda de acordo com pesquisa, 40% dos eleitores do país afirmam que não se identificam com direita, esquerda e nem centro



 A preferência por um posicionamento político mais à direita prevalece entre os eleitores brasileiros que se identificam com alguma ala política. É o que revela o Panorama Político 2024 – uma pesquisa feita pelo DataSenado em parceria com a Nexus, área de Pesquisa e Inteligência de Dados da FSB Holding.

De acordo com o levantamento, 29% dos entrevistados dizem que se identificam com a direita. Já 15% se denominam de esquerda, enquanto 11% dizem ser de centro. Os três grupos somam 55%. 

Por outro lado, 40% dos eleitores do país afirmam que não se identificam com nenhum posicionamento político, enquanto 6% disseram que não sabem ou não quiseram responder. 

Na avaliação do analista do DataSenado, José Henrique Varanda, os dados gerais da pesquisa apontam que, em uma análise mais ampla, o Brasil não conta com uma polarização entre os posicionamentos políticos mais comuns.

“Uma parte relevante da população ou não é tão politizada ou não enxerga exatamente essas ‘caixinhas’ que se fala mais – de direta, esquerda ou centro. Talvez tenham um vínculo mais direto com os próprios políticos ou com alguns partidos. Se ainda colocarmos as pessoas de centro como um pouco menos polarizadas e incluir nesse bojo do mais agnósticos, juntando com as que não souberam ou preferiram não responder, chegamos ao patamar de 57% da população”, considera. 

Cenário por religião 

A pesquisa também mostra o cenário entre algumas religiões. Entre os evangélicos, por exemplo, 35% se consideram de direita, 9% de centro e 8% de esquerda. 

Já entre os católicos, 28% dizem ser de direita. Para 15%, o posicionamento é de esquerda. Outros 10% afirmam ser de centro. 

Já no grupo “outras/sem religião”, tanto direita quanto esquerda alcançam 21%, seguidas por 13% de centro. 

Homem e mulheres

Ainda de acordo com o levantamento, entre as mulheres a taxa que não se identifica com nenhuma ideologia política alcança 46%, frente a 34% em relação aos homens. 

Quanto aos eleitores do sexo masculino, 34% se consideram de direita, enquanto a taxa entre as mulheres é de 24%. 

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Renda e escolaridade

A falta de preferência por algum posicionamento político é mais comum entre os eleitores com renda de até dois salários mínimos, que corresponde a 47% dos entrevistados. Essa taxa reduz gradativamente até chegar a 21% no grupo com renda acima de seis salários mínimos. 

Já em relação a todas as faixas, a direita se sobressai tanto em relação ao centro quanto à esquerda, com apoio de 25% entre os mais pobres e 37% entre os mais ricos.

Segundo José Henrique Varanda, trata-se de uma questão que também é impactada pelo nível de escolaridade dos eleitores. 

“Tanto que, num maior nível de escolaridade, que são aquelas pessoas com nível superior incompleto, ou além disso, apenas 28% não consideram nenhum dos três polos políticos mais demarcados. Já em relação àquelas pessoas que tem até o ensino fundamental incompleto, 45% se dizem não se interessar por política ou não se enquadrar em nenhum dos três polos”, afirma. 

A pesquisa foi feita entre os dias 5 e 28 de junho, de 2024. Ao todo, o levantamento ouviu 21.808 brasileiros de todas as unidades da federação. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de 1,22 ponto porcentual.



Fonte: Brasil 61

Tiros, mortes, socos, cadeiradas: violência marca eleições municipais de 2024 Foram 128 casos de violência contra lideranças políticas; é o dobro do registrado no primeiro trimestre do ano



 Não é só no noticiário policial, nos debates políticos e nas redes sociais — a violência eleitoral está também nos números. Dados do boletim trimestral do Observatório da Violência Política e Eleitoral indicam que entre abril e junho deste ano foram registrados 128 casos de violência contra lideranças políticas. O que mostra um aumento de mais de 100% em relação ao trimestre anterior.

A região mais atingida foi o Sudeste, com 47 casos (36,7%). São Paulo é o estado mais violento: 21 casos, seguido por Bahia e Rio de Janeiro, ambos com 15 registros. A violência vem de todas as formas: insultos, ameaças, agressões físicas e homicídios — eles foram responsáveis por 25 episódios. O Rio de Janeiro se destaca neste cenário com seis casos.

O mais recente ocorreu no dia 25, na cidade de Nova Iguaçu, baixada fluminense. O candidato a vereador pelo Avante conhecido como Joãozinho Fernandes foi morto a tiros logo após fazer uma caminhada promovendo a candidatura pelas ruas da cidade.

Para o especialista em segurança e professor da FGV, Jean Menezes de Aguiar, o que estamos vendo hoje na política é um reflexo da sociedade violenta que temos no Brasil.

“São 60 mil homicídios por ano. É escandaloso, mas isso foi normalizado, em certa medida”, avalia o professor que destaca um outro ponto.

“A entrada do crime organizado na política, em que políticos possam obter com mais facilidade essas vinganças e esses crimes. Poderia ser esta uma das explicações. Só se fala em PCC nos debates de São Paulo, o que mostra que ele [PCC] virou um ator coadjuvante nessa história.”

Acirramento da polarização

O especialista ainda levanta uma outra característica da sociedade que vem tomando corpo há algumas eleições: o acirramento da agressividade e das emoções exageradas que acabam resultando em violência física.

Menezes usa o exemplo do candidato à prefeitura de São Paulo José Luiz Datena para explicar um ponto que está previsto no direito penal.

“Essa emoção com violência está prevista como total atenuante no processo penal. Por isso que não deverá acontecer nada com o Datena.” Relembrando o episódio em que, durante um debate na televisão, o candidato Pablo Marçal (PRTB-SP) recebeu uma cadeirada de Datena após inúmeras provocações que fez ao oponente.

Polarização que para Menezes tem como consequência mais visibilidade para os envolvidos, já que gera conteúdos que repercutem e “vendem” nas redes sociais.

Reforço na segurança

Uma das medidas para tentar conter a violência no dia das eleições foi tomada esta semana pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A Força Federal será enviada a 12 estados, a pedido dos TREs dessas localidades. São eles:

  1. Acre
  2. Amazonas
  3. Ceará
  4. Mato Grosso
  5. Mato Grosso do Sul
  6. Pará
  7. Paraíba
  8. Piauí
  9. Rio de Janeiro
  10. Rio Grande do Norte
  11. Maranhão
  12. Tocantins

A ministra Cármen Lúcia, presidente do TSE, explicou que o auxílio deve ajudar a garantir que o processo eleitoral transcorra de forma ordeira e tranquila. Ela ainda destacou que os pedidos de apoio da Força Federal feitos pelos estados são procedimentos normais para garantir o livre exercício do voto e a normalidade da votação e da apuração dos resultados.



Fonte: Brasil 61

sábado, 7 de setembro de 2024

Eleições 2024: para 78% dos brasileiros, controle de fake news nas redes é importante



 Em outubro de 2024, os eleitores brasileiros vão às urnas para escolher seus novos prefeitos e vereadores, em mais uma eleição. Até lá, é comum a circulação de propagandas e notícias sobre os candidatos. O problema é quando as informações disseminadas são falsas, o que pode comprometer a correta compreensão por parte dos cidadãos, por exemplo.

Diante disso, uma pesquisa do Instituto DataSenado, em parceria com o Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem (IPRI), da FSB Holding, mostra que, para 78% dos brasileiros, o controle de fake news nas redes sociais é muito importante para garantir uma disputa eleitoral justa.

Ainda de acordo com o levantamento, 81% dos entrevistados afirmam que a disseminação de notícias falsas pode impactar “muito” os resultados das urnas. Os dados constam na 21ª edição da pesquisa Panorama Político 2024: Notícias Falsas e Democracia. Segundo o analista do DataSenado, José Henrique Varanda, o resultado mostra que a população quer mudança nesse cenário.

“Demonstrando amplo apoio da população brasileira que haja um controle, que se faça algum tipo de moderação para garantir que as eleições sejam justas, para que os candidatos tenham um terreno mais nivelado nas eleições. Essa informação dá bastante respaldo aos juízes eleitorais para fazerem valer a regulamentação do Tribunal Superior Eleitoral. É importante que eles saibam que a população brasileira está dando respaldo”, avalia.

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Entre os brasileiros que costumam utilizar redes sociais, 72% responderam que têm acessado notícias que desconfiam ser falsas nos últimos seis meses. Os motivos para o compartilhamento dessas notícias podem variar. Para 31%, as pessoas o fazem para mudar a opinião dos outros. Já para 30%, a razão está em achar que o fazem por não saberem que a notícia é falsa.

Distribuição estadual da população que faz uso de alguma rede social

  • São Paulo – 97%
  • Distrito Federal - 97%
  • Roraima – 96%
  • Paraná - 96%
  • Rondônia - 94%
  • Alagoas - 94%
  • Santa Catarina - 94%
  • Mato Grosso - 94%
  • Acre - 93%
  • Pará - 93%
  • Ceará - 93%
  • Rio Grande do Norte - 93%
  • Bahia - 93%
  • Amazonas– 92%
  • Pernambuco – 92%
  • Minas Gerais – 92%
  • Goiás – 92%
  • Amapá – 91%
  • Tocantins – 91%
  • Maranhão – 91%
  • Espírito Santo – 91%
  • Mato Grosso do Sul – 91%
  • Paraíba – 90%
  • Rio de Janeiro – 90%
  • Sergipe – 89%
  • Rio Grande do Sul – 89%
  • Piauí – 88%

Dificuldade em identificar notícias falsas

Ainda de acordo com a pesquisa, identificar notícias falsas é uma tarefa desafiadora para metade dos brasileiros. “Esta dificuldade varia regionalmente, com estados como Sergipe (62%), Maranhão (61%) e Rio Grande do Norte (59%), que contam com índices acima da média nacional.”

Apesar desse cenário, o levantamento mostra um certo consenso sobre a necessidade de responsabilizar as plataformas de redes sociais. Para 81% dos entrevistados, essas plataformas devem ser responsáveis por impedir a divulgação de notícias falsas. Essa opinião apresenta quase uma unanimidade entre os estados, com exceção de Santa Catarina, onde a concordância é 73%.

O levantamento, que ouviu 21.808 brasileiros de todas as 27 Unidades da Federação, foi feito entre os dias 5 e 28 de junho de 2024. O nível de confiança é de 95%, com margem de erro média nas respostas para dados nacionais de 1,2 ponto porcentual.



Fonte: Brasil 61

sábado, 3 de agosto de 2024

Quais são os tipos de câncer de mama?



 O câncer de mama é o principal problema de saúde da mulher, é o tipo de câncer mais comum nas mulheres do Brasil e do mundo. Por ano, mais de dois milhões de casos novos são diagnosticados no mundo. É importante saber que existem diferentes tipos de câncer de mama, com comportamentos e tratamentos específicos para cada um deles. 


Talvez você já tenha ouvido falar de câncer de mama receptor positivo, HER 2 positivo ou ainda outros termos, e isso é muito importante pois isso determina a agressividade e o tratamento.


Com o passar do tempo, a medicina está conseguindo cada vez mais entender que o câncer de mama tem diferentes tipos e que cada subtipo tem um comportamento e tratamento específico. Isso é definido pela análise no microscópio das características das células e também por uma análise molecular feita no laboratório que avalia o tipo de proteína que essa célula produz, que é a classificação molecular. 


Classificação Histológica e molecular


O câncer de mama apresenta dois subtipos histológicos frequentes ductal invasivo não especial, o mais comum que representa cerca de 80% dos casos, e o lobular invasivo, que corresponde a cerca de 15% dos casos. 


Além da classificação histológica, os tumores podem ser divididos em três tipos moleculares, sendo: 

  • Tumores receptores hormonais, também chamados de luminais, correspondem a cerca de 70% dos casos. Apresentam nas suas células receptores para estrogênio e ou progesterona, isso significa que na presença desses hormônios, esse tumor pode ser estimulado a crescer.

  • Tumores HER 2, ou seja, células que super expressam uma proteína chamada HER 2 na sua superfície. São tumores normalmente mais agressivos que crescem mais rápido e que geralmente acometem pacientes mais jovens. Correspondem a cerca de 15% dos casos;

  • Tumores triplo-negativo, são os que não expressam nem receptores hormonais e nem o HER 2, também atingem pacientes mais jovens, são mais agressivos e correspondem a 15% dos casos.


Outras duas informações também são muito importantes, a primeira é sobre qual é o tamanho do tumor, se ele se espalhou para o gânglios, linfonodos na axila ou se tem a doença em outros órgãos, as metástases. As pacientes que apresentam os caroços na axila com células do câncer, devem realizar tomografias de pulmão e abdômen em busca de outras lesões causadas pela doença. A segunda informação é sobre a paciente, qual a idade dela? Possui doenças associadas e se estão controladas? Isso é importante pois se a paciente tiver algum tipo de doença, isso pode contra indicar algum quimioterápico ou procedimento cirúrgico.


Tratamento


Cirurgia para remoção do tumor ou da mama por completo, em alguns casos a avaliação dos gânglios ou dos linfonodos da axila para saber se tem a presença de tumores e caso haja, pode ser indicada a retirada de vários gânglios;
Radioterapia, que é uma radiação focada na região da mama e nas vias de drenagem que é onde ficam os linfonodos, é normalmente realizada por uma período de 5 a 21 dias;
Quimioterapia, que pode ser um soro ou comprimido que pode ser realizada antes da cirurgia para diminuir o tumor ou depois para evitar que exista célula residual, ou até mesmo para as pessoas que não irão operar, pois pode ser utilizada para controlar a doença.


Lembrando que não são todos os casos que irão precisar dos tratamentos citados acima, isso vai ser avaliado em cada situação, além disso, existem tratamentos indicados para cada subtipo do câncer de mama.


Para os tumores lumiares, aqueles que apresentam o receptor para o estrogênio e/ou progesterona, além dos outros tratamento ainda existe a hormonoterapia, Já que esse subtipo pode ser estimulados pela a ação dos hormônios ou inibidos na falta deles, são utilizadas medicações que buscam bloquear a ação desses hormônios na mama, ao fazer isso, diminuem a duplicação das células evitando que apareça uma nova lesão, também podem ser usados antes da cirurgia para diminuir o tamanho do tumor. 


Já para tumores que superexpressam a proteína HER 2, existem medicações específicas chamadas anti-HER ou terapia alvo, e para os tumores triplo-negativo atualmente tem sido estudada a imunoterapia, tratamento que apresenta bons resultados.


Quanto antes for feito o diagnóstico, melhor as chances de sucesso com o tratamento, por isso, mulheres acima dos 40 anos não podem deixar de realizar a consulta com o ginecologista e a mamografia anualmente. Na presença de câncer de mama, não deixe de procurar um médico ginecologista.


Para mais informações, assista ao vídeo do Doutor Ajuda no youtube.



Fonte: Brasil 61

Novo ensino médio é sancionado com vetos



 O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a Lei nº 14.945/2024,  que estabelece a Política Nacional de Ensino Médio, que passa a valer em 2025. Dois trechos que tratavam de mudanças na prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), com a cobrança dos itinerários formativos na prova, foram vetados pelo presidente.

Uma das principais alterações do texto é o aumento da carga horária da formação geral básica, de 1,8 mil para 2,4 mil horas totais dos três anos do ensino médio para alunos que não cursarem o ensino técnico.

O novo ensino médio prevê ampliação da carga horária anual da formação geral básica nas disciplinas tradicionais, como: Português, Matemática, Inglês, Ciências Humanas e da Natureza. Já o espanhol será optativo. O estudante do terceiro ano do ensino médio do Colégio Dr.Zerbini, de São josé do Rio Preto (SP), João Pedro Barretto, avalia as mudanças como benéficas para os estudantes brasileiros, mas pontua que o Ministério da Educação deve instruir melhor como as elas serão implementadas.

“Com a volta dessas matérias, dessas disciplinas que foram retiradas anteriormente, vai ser muito bom porque vai ser extremamente benéfico para a formação dos estudantes. Então vai proporcionar um aprendizado mais amplo, mais completo e tudo mais que todo estudante precisa. Só que é essencial que o MEC forneça instruções claras sobre como essas horas adicionais de aulas vão ser implementadas”, destaca João Pedro.

Já a carga horária total do ensino médio continua sendo de 3 mil horas nos três anos, distribuídas em cinco horas em cada um dos 200 dias letivos. A lei prevê que 600 horas devem ser dedicadas aos itinerários formativos – em que o aluno escolhe o que vai estudar para aprofundar os estudos em uma área específica, de acordo com a oferta das atividades e projetos promovidos pela escola.

O coordenador do Colégio Militar em Brasília e mestre em História Social pela UnB, Isaac Marra, avalia que apesar do foco da proposta ser o ensino médio, a reestruturação do ensino médio brasileiro tem potencial para refletir nos indicadores da educação básica com a volta da obrigatoriedade das disciplinas tradicionais, cobradas em provas de vestibulares como o Enem.

“O enfoque é no ensino médio, mas avalia e percebe de uma forma bem objetiva a educação básica. Então, as mudanças são muito positivas, trazem tranquilidade, dão espaço de eficiência muito mais alargado para que as escolas, as secretarias de educação tenham agora uma diretriz consciente, uma organização sistemática e um fundamento robusto para poderem trabalhar. E de fato caminhar para o aperfeiçoamento da qualidade da educação básica no Brasil”, afirma Marra.

Confira as regras para os itinerários formativos:

  • Cada escola deve oferecer ao menos dois itinerários formativos, com exceção das escolas que oferecem ensino técnico.
  • No ensino regular: itinerários formativos devem complementar a formação geral básica em quatro áreas, sendo linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas 

Em relação ao ensino médio técnico, serão 2.100 horas de componentes curriculares, com 300 horas podendo ser destinadas a conteúdos da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) relacionados à formação técnica. Além disso, os estudantes terão até 1.200 horas para o ensino técnico (itinerários formativos técnicos). 

Na opinião do senador Izalci Lucas, do PL do Distrito Federal, a redução do tempo de formação básica é benéfica para os estudantes que escolherem a formação técnica e profissional. No entanto, ele ponderou que essa área precisa de investimento também em infraestrutura e na qualificação de professores.

"O novo ensino médio precisa realmente colocar mais recursos para incentivar os estados a oferecerem mais itinerários profissionais compatíveis com o mercado de cada região. Você tem de ver o que que naquela região as empresas estão precisando, para formar os profissionais, os jovens, para que eles saiam de lá e sigam para o mercado de trabalho", ponderou.

Pela nova lei, o início de implementação das mudanças no ensino médio deve ocorrer já em 2025, no caso de alunos ingressantes no ensino médio. Os que já estiverem com o ensino médio em curso terão um período de transição.

Vetos

O presidente Lula vetou o dispositivo do texto que possibilita a cobrança dos itinerários formativos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) – que, pelo texto da Câmara, deveria ser cobrado já em 2027. Os senadores retiraram o trecho, mas a Câmara reintroduziu. Sendo assim, com a sanção, o Enem e os outros vestibulares tradicionais devem continuar cobrando apenas conteúdos da formação geral, ou seja, as disciplinas tradicionais.

Para o Executivo, a cobrança poderia comprometer a equivalência das provas e afetar a isonomia na participação nos processos seletivos.

A norma, fruto de amplos debates na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e revoga parcialmente a lei da reforma do ensino médio

Na avaliação de Isaac Marra, o veto foi positivo para os estudantes. “Se você não tem um currículo unificado em itinerários formativos, você não tem nem condições de avaliar quais habilidades e quais as competências que deveriam ter sido adquiridas efetivamente pelos estudantes”, diz.

Ensino noturno

A lei determina que os estados deverão manter, na sede de cada um de seus municípios, pelo menos uma escola pública com oferta de ensino médio regular no turno noturno. Porém, a exigência dependerá da manifestação de demanda pela matrícula nesse turno.
 



Fonte: Brasil 61

segunda-feira, 15 de julho de 2024

DR. AJUDA: O que causa as feridas nas pernas e nos pés?



 As feridas que surgem nas pernas e nos pés, na maioria das vezes, são causadas por problemas da circulação e problemas vasculares. Quando sofremos algum trauma ou machucado nas pernas, é comum o surgimento de uma ferida, mas se a nossa circulação for saudável, em alguns dias ela estará cicatrizada. Entretanto, algumas feridas podem continuar abertas sem melhorar ou até mesmo piorar ao longo do tempo, as chamadas feridas crônicas. Em geral elas ocorrem por conta de problemas da circulação ou por infecções não tratadas ou por curativos e tratamentos inadequados da ferida.


Uma das principais causas dessas feridas são as úlceras arteriais. Essas úlceras ocorrem devido à obstrução nas artérias das pernas, que resulta na redução do fluxo de sangue com nutrientes e oxigênio necessários para a cicatrização dos tecidos. Essa situação faz com que as feridas piorem ao longo do tempo e desenvolvem necrose, que é a morte dos tecidos. Se houver infecção, pode ocorrer a necessidade de amputação do membro.


Outra principal causa para as feridas nas pernas é o diabetes e isso ocorre por diversos fatores, um deles é a redução da atividade das células de defesa do corpo contra as infecções, além disso, ele vai agredindo as artérias e nervos do corpo ao longo dos anos e a região mais afetada são as pernas e os pés. A lesão dos nervos causada pelo diabetes é conhecida como neuropatia diabética, os altos níveis de glicose no sangue dos diabéticos lentamente vão destruindo os nervos dos pés e das pernas e isso causa uma série de consequências como a perda da sensibilidade, uma pele mais seca e uma deformidade dos dedos do pé.


Como é feito o diagnóstico?


Pela história clínica e pelo exame físico detalhado, na maioria das vezes já é possível chegar no diagnóstico e em alguns casos, exames como ultrassom, teste de sensibilidade neurológica e até mesmo a arteriografia podem ser necessários. 


Tratamento 


O tratamento das feridas deve focar em dois pontos, na identificação da causa e nos cuidados gerais com a ferida. Para a ferida, todas devem ficar cobertas e protegidas com curativos e serem lavadas com soro fisiológico e antissépticos neutros, é muito importante manter a higiene nas trocas de curativo. O tipo de curativo usado depende do aspecto de cada ferida, as que são mais secas devem receber curativos com hidratantes e as que possuem mais secreção devem ser tratadas com curativos com maior capacidade de absorção. Em alguns casos, curativos a vácuo ou com pressão negativa são necessários, mas cada caso necessita de uma avaliação específica. 


Pessoas com diabetes têm mais risco de desenvolver feridas nos pés e, por isso, é importante ter alguns cuidados:

  • Todos os dias, examine os pés após o banho. Procure por feridas entre os dedos, nas unhas ou na sola dos pés. Se notar um calo grande ou ferida, cubra com curativo;
  • Evite escaldar o pé, andar descalço fora de casa ou na areia da praia para evitar machucar ou queimar os pés;
  • Controle o diabetes para diminuir o risco de lesões por má circulação e falta de sensibilidade, bem como o risco de infecções nas feridas;
  • Se notar ferida, busque por atendimento médico o mais rápido possível.


Para mais informações, assista ao vídeo no canal Doutor Ajuda no youtube. 



Fonte: Brasil 61

terça-feira, 23 de abril de 2024

O que é condromalácia patelar? Quais as causas e o tratamento?


 

Toda a junta ou articulação do corpo humano é amortecida por um tipo de tecido chamado de cartilagem articular, essa cartilagem é resistente e cobre as extremidades de todos os ossos dentro das nossas articulações.À medida que essa articulação se movimenta, essa cartilagem permite que os ossos deslizem suavemente entre eles.


Em algumas situações, essa cartilagem pode amolecer e se romper causando lesões nesses tecidos levando a condromalácia ou condropatia, a doença da cartilagem. 


A condromalácia pode afetar qualquer articulação do corpo humano, sendo a da patela uma das mais frequentes. A patela é um ossinho de formato circular que fica na parte da frente do joelho, e é responsável por conectar os músculos da coxa com a perna, exercendo  papel de proteção da articulação do joelho e também a função de facilitar o movimento de extensão do joelho. Quando essa cartilagem fica amolecida, pode se romper ou se fragmentar até ocorrer a exposição do osso embaixo da cartilagem. Com o passar do tempo, essa exposição óssea pode acabar gerando um processo degenerativo da articulação, chamado de osteoartrite ou artrose. 


Causas


As principais causas são: 

 

  • Uso excessivo, como atividades que envolvam agachamento ou saltos repetitivos, desequilíbrio muscular, alterações anatômicas, joelho em valgo, dentre outras;
  • Desequilíbrio muscular: um desequilíbrio muscular na região do joelho devido a uma fraqueza da musculatura da coxa ou do quadríceps associado ao encurtamento da musculatura da parte de trás da coxa, leva a uma sobrecarga nessa articulação;
  • Alterações anatômicas: algumas pessoas possuem características que aumentam a sobrecarga nessa região podendo levar a condromalácia;
  • Traumas: traumas diretos na frente do joelho ou fraturas podem levar a uma lesão da cartilagem articular da patela;
  • Doenças reumatológicas: pacientes com doenças autoimunes como artrite reumatoide possuem mais chances de desenvolver lesões na cartilagem.


Sintomas


Os sintomas comuns incluem:

  • Dor ao levantar-se ou subir escadas;
  • Crepitação, semelhante a um arranhão no joelho;
  • Inchaço, em alguns casos.


Diagnóstico


O diagnóstico é feito a partir do histórico clínico, o médico irá avaliar o histórico de traumas, características da dor, no exame físico o médico vai observar o alinhamento do joelho, sinais de atrofia da musculatura ou de encurtamento, movimento da patela, aumento do volume e dor em alguns locais. Para complementar o diagnóstico pode ser necessário a realização de exames de imagem, como uma radiografia ou uma ressonância magnética do joelho.


Tratamento


É importante destacar que esta é uma condição crônica, não possui cura, sendo fundamental adotar medidas preventivas para evitar sua rápida progressão. Recomenda-se:

  • Realizar aquecimento e alongamento antes das atividades físicas;
  • Praticar exercícios para fortalecer os músculos ao redor do joelho, especialmente os da coxa;
  • Aumentar gradualmente a intensidade do programa de treinamento;
  • Evitar esforços excessivos e exercícios muito rápidos.

 

Para mais informações, assista ao vídeo no canal Doutor Ajuda no youtube



Fonte: Brasil 61

ELEIÇÕES 2024: Direita prevalece entre eleitores que declaram posicionamento político Ainda de acordo com pesquisa, 40% dos eleitores do país afirmam que não se identificam com direita, esquerda e nem centro

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